«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Ler um livro sempre com um lápis à mão


Resume como leio os meus livros importantes e que me fazem crescer. Com duas diferenças: sublinho e anoto, com um lápis, no próprio livro (só mais tarde posso desenvolver as reflexões em papel além livro) e em qualquer tipo de livro (não "profano" apenas os didáticos).

Pode ser um romance. Anoto-o. A ficção, com espessura existencial, faz refletir e contém conhecimentos e ensinamentos preciosos sobre a natureza humana e a essência da vida - não é só a ciência que nos permite conhecer. Como disse Milan Kundera, o «romancista não é nem um historiador, nem um profeta: é um explorador da existência», isto é, da descoberta de parcelas novas da vida humana. E a existência é o «campo das possibilidades humanas» (A Arte do Romance pp.27/58/60). Há coisas que só o romance pode dizer.

Retomando a metodologia de leitura, a condição é o livro ser meu para poder sublinhar e anotar à vontade. Com a devida hierarquização e "highlights", apenas com um lápis.

Faço-o para ajudar a refletir e a ter a essência do conteúdo de um livro sempre à mão, a resgatar essa essência do esquecimento num breve folhear. De outro modo, sem reler todo o livro, é quase impossível resgatar aquela frase ou aquela ideia que ficaram "perdidas" algures em tantas páginas.

Nota: ainda não cheguei ao livro eletrónico. Quando permitirem notas com a facilidade, qualidade e fidelidade que um lápis permite, fico fã e dispenso o contacto físico e o cheiro a papel... Será?
---
origem do recorte: DeRose Chakras e Kundaliní Ed Afrontamento 2007

Sem comentários:

Enviar um comentário